macunaíma
Uma Rapisódia Musical
Mário de Andrade escreveu ‘Macunaíma’ a partir do estudo de mitos e lendas dos índios taulipang, arecuná e macuchi, no extremo Norte do Brasil, recolhidos pelo etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg e publicados em 1924 em ‘De Roraima até o Orenoco’. Mário de Andrade transita de uma forma não-realista com seu protagonista por vários estados do país e apresenta, de maneira simbólica, um retrato da formação cultural brasileira.
A peça, assim como no livro, retrata a saga de Macunaíma desde o nascimento, em uma aldeia na Amazônia, e passa por momentos definitivos em sua vida: a relação com a família, a paixão e a ida ao Sudeste em busca do Muiraquitã, espécie de amuleto que recebeu da amada. Entre encontros com deuses, mitos e monstros, o personagem passa por aventuras e transformações até retornar à tribo natal.
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Zahy interpretou os Personagens: Mãe tapanhumas, Exú, Vei a Sol, Amazona, Pastora, Empregada e Puta.
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Foram compostas mais de 90 músicas durante o processo de criação do espetáculo. Mais de 70 músicas, em 10 línguas diferentes, estão na versão final da peça.
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Da obra de Mário de Andrade.
Encenação: Bia Lessa
Adaptação: Verônica Stigger
Direção musical: Alfredo Del-Penho e Beto Lemos
Música adicional: O Grivo
Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves.
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Temporadas em 2019: CCBB BH – Centro Cultural Banco do Brasil – Unidade Belo Horizonte; SESC SP – Serviço Social do Comércio – Unidade Vila Mariana São Paulo; Teatro Municipal Carlos Gomes – Rio de Janeiro/RJ
Programa da peça disponível em: http://www.sarauagencia.com.br/macunaima/ProgramaMacunaimaRJ.pdf
Guerra em Iperoig
e Os Insensatos-Mundana Cia
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Espetáculos em online
Guerra em Iperoig:
Em 1500, os portugueses chegaram no Brasil. Em 1534, o Rei de Portugal autorizou, aos donatários das capitanias hereditárias, a escravização indiscriminada dos índios brasileiros. Em 1554, cinco chefes tupinambás se reuniram e fundaram a Confederação dos Tamoios, com o objetivo de enfrentar os portugueses e resgatar índios escravizados. Em 1563, percebendo que a Confederação dos Tamoios venceria essa guerra, Portugal enviou os padres Nóbrega e Anchieta para firmar a “Paz de Iperoig”, no local onde é hoje a cidade de Ubatuba, em São Paulo. Em 1567, os portugueses travam a “guerra justa” contra o povo de Cunhambebe, Aimberê, Pindobuçu, Araraí e Coaquira.
A traição dos portugueses, no episódio da “Paz de Iperoig”, que levou à quase total dizimação dos Tupinambá, foi a primeira de uma série ininterrupta de traições aos brasileiros do litoral e ao litoral brasileiro em si.
A peça faz esta trajetória entre os Tupinambás e os colonizadores, do mito ao Anchieta – o grande diplomata que intermediou a relação entre eles –, passando pela guerra travada posteriormente após terem se aliado para expulsar os franceses do litoral do Rio de Janeiro. A leitura da Mundana Companhia é a história das guerras de colonização, da guerra entre os naturais da terra de todas as Américas e os povos colonizadores, que passa pelo apagamento e esquecimento e, nesse enredo, termina com uma revolta estética e ideológica dos indígenas.
Os Insensatos
Um conjunto de alegorias sob a lente da insensatez poderia contribuir para uma reflexão sobre a sociedade em que vivemos?
SIDARTA: EM BUSCA DE SI, NESSE MUNDO DE NÓS | Mês da Mulher
Direção: Heloisa Lyra
Elenco: Lucas dos Prazeres e Zahy Guajajara
Parte do processo de criação da encenação teatral, dirigida por Heloisa Lyra, com dramaturgia de Eduardo Rios e livremente inspirada na obra de Herman Hesse, o vídeo-experimento “Sidarta: em Busca de Si, Nesse Mundo de Nós” traz passagens do/da jovem que procura sentido para a vida em meio à espiritualidade e aos conflitos que nos rodeiam.